Quando ainda pequena na casa da minha avó materna, Isabel, sentia uma enorme paz no meio de aromas tão diversos e amor que não cabia no espaço reservado pra nós. Quando a temporada, nas férias escolares, era na casa de meu avô paterno, que incluía primos, diversão e brigas, o sentimento era outro, mas não menos marcante. Era a empolgação das comidas italianas, a deliciosa travessura de tomar vinho com açúcar, subir em árvores e comer as comidinhas cheirosas que saiam da criação e memórias do vô Palmiro.
No começo da minha aventura pela cozinha a intenção era aprender sempre mais e mais (coitados dos meus pais e irmãos...cobaias). Quando casei era para ouvir elogios de meu amado. Quando os filhos chegaram queria passar a alegria e o prazer de memórias gustativas. Depois aos amigos e agora clientes que viram amigos. Nos momentos de aflição corro pra cozinha e faço uma receita BEM trabalhosa e aí o problema some e a satisfação a paz voltam a serem companheiras.
Cada fase tem sua real importância para mim. Uma constrói a outra. Sempre pensando e respeitando o próximo (não só pela criação que tive, mas porque acredito que devemos fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fizessem)... básico.
Acredito então que a resposta a pergunta seria: porque essa é a minha maneira de mostrar as pessoas como as amo e ADORO um bom papo.
E você? Gosta de ir pra cozinha?
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